ORIGENS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO 2º parte
Segunda parte:
Na Europa e mais
especialmente na França, era notória a rejeição ao passado medieval. Buscava-se
trazer de volta o passado clássico, anterior ao cristianismo, alicerçado em
sabedoria arcana, magia, neoplatonismo, astrologia, alquimia e ao hermetismo
generalizado. Era grande, também, a reverência pelas coisas do Egito, que tinha
seus mistérios, conhecimentos e secretos os egípcios eram mais adiantados do
que qualquer outro povo da Terra.
Nesse caldeirão que
embolia a cada novo misticismo, com a chegada dos Stuarts ao território
francês, a partir de 1649 começa a se desenvolver o Escocesismo ou Escocismo,
conforme nos confirma o Irmão Joaquim Roberto Pinto Cortez:
“Essas Lojas teriam
sido o núcleo fundador da Maçonaria Escocesa. É evidente que essa Maçonaria, de
Escoceses e Irlandeses, era totalmente desvinculada da Maçonaria Inglesa, mesmo
porque, segundo consta, em seus encontros, sob sigilo maçônico, tramava-se a
restauração dos Stuarts no trono inglês. Essa Maçonaria passou por uma série de
transformações posteriores, ganhando um caráter elitista, aderindo a um grande
misticismo e simbolismo, derivados do Hermetismo e Ocultismo, divulgando-se por
toda a França. . .”
Em 1717 acontece a
criação da Grande Loja de Londres, ou seja, a criação da Moderna Maçonaria.
Pouco depois, a partir
de 1726, chegavam à França as primeiras lojas maçônicas vindas da Inglaterra e
já filiadas a esta Grande Loja. A primeira Loja foi instalada, no dia 1° de
junho de 1726, na adega "Au Louis D'Argent", na Rua dos Açougueiros,
adega esta que era propriedade de um inglês chamado "Hure".
Passou a existir, então,
na França, dois tipos de loja: as “escocesas” fundadas pelos partidários dos
Stuarts, e as “inglesas” ou “modernas” filiadas à Grande Loja de Londres.
Em 1728, é fundada a
Grande Loja da França.
Seu "Regulamento
Geral" foi elaborado dentro dos padrões da Grande Loja de Londres,
elegendo como seu primeiro Grão-Mestre, o príncipe Phillip de Wharton que tinha
sido Grão-Mestre da Grande Loja de Londres e estava refugiado em Paris, desde
1728.
Apesar de todo domínio
exercido, no início, pelos escoceses e ingleses, o fato é que, a partir de
1730/1735, a Maçonaria francesa começou a ter seus próprios estatutos, de forma
definitiva, pelos próprios franceses.
Isto está evidenciado em
muitas obras e inclusive em um documento muito importante, ou seja, na “Segunda
Constituição de Anderson”, editada em Londres, no ano de 1738, onde o autor
escreve:
"Todas estas
Lojas Estrangeiras (... cita as Lojas no estrangeiro e prossegue ...)
estão sob a proteção de nosso Grão-Mestre da Inglaterra; entretanto, a Loja antiga
da cidade de Nova York, e as Lojas da Escócia, da Irlanda, da França e da
Itália, tendo declarado a sua Independência, tem "os seus próprios
Grão-Mestres. . .”
Nenhum comentário:
Postar um comentário