Enquanto as diferentes religiões dedicavam suas igrejas aos seus
diferentes santos, entre os judeus, da sua história primária, todos os seus
lugares de louvor eram dedicados a Deus, Jeová. Assim, a Maçonaria foi dedicada
ao Rei Salomão por muitos anos pois ele foi o primeiro Grande Mestre, mas,
posteriormente, do século XI ao século XV, a Maçonaria foi dedicada a São João
Batista e era conhecida como a Loja do Sagrado Santo de Jerusalém. Foi durante
o século XV que São João Evangelista foi reconhecido e a partir de então a
Maçonaria tem sido dedicada aos Sagrados Santos João, incluindo os dois. Até
alguns anos atrás não era conhecido que João Batista tinha alguma conexão com
Maçonaria ou por que ele deveria ser tão honrado mas, através da descoberta dos
documentos Essênios em Qumram, foi estabelecido que ele era um membro da
sociedade dos Essênios e que ele havia sido capelão.
Enquanto não é
definitivamente estabelecida que a sociedade dos Essênios era a mesma que a
Maçonaria, existe uma grande pluridade entre as duas e o moral dos ensinamentos
são similares a filosofia Maçonica. A
caridade , assim como a prática de Amor Fraternal eram idênticas.
São João Batista, o Precursor de
Jesus, filho do sacerdote judeu Zacarias e de Elizabete, era um zeloso juiz de
moralidade e destemido pregador do arrependimento. Ele obteve grande
celebridade primeiramente em sua terra pátria, depois nas montanhas da Judéia e
finalmente em toda a nação. João
escolheu o Vau de Betânia para pregar. Este local de passagem era frequentada
por inúmeros viajantes que levavam a mensagem
de João a lugares distantes. Isto favoreceu grandemente o espalhar das suas
palavras. Quando ele disse "até destas pedras pode Deus suscitar filhos a
Abraão" ele referia-se à 12
pedras que Josué tinha mandado colocar na passagem do
rio, simbolizando as doze tribos, na primeira entrada do povo na Terra
Prometida. Ele dizia que era: “A voz que clama no deserto: aplainai o caminho
do Senhor” esta mesma citação aparece em: Isaias, 40,3; Mateus, 3,3; Marcos,
1,3; Lucas, 3,4 e João, 1,23 (BIBLIA, 1981; BIBLIA, 1982).
Sua maneira simples e
sóbria de viver contribuiu muito para a sua fama e como símbolo daquela
puridade moral que ele tanto incultava zelosamente.
João pregava que o "Reino de Deus" estaria
"ao alcance das mãos" e essa pregação reunia em sua volta centenas de
pessoas sedentos de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava próximo
do fim.
João era um pregador heróico. Ele falava ao povo expondo os
líderes iníquos e as suas transgressões. Quando o assemelhavam a Elias, era
porque este tinha o mesmo aspecto rude e admoestador do seu antecessor. João não
queria simpatia. Ele pregava a mudança, chamando-os de "raça de víboras" e com o indicador
apontado, tal como Elias o tinha feito anteriormente, e isto o categorizou como
profeta.
João batizava judeus
e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava
não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que
apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo
para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. Os judeus
defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do
Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por
uns e desprezado por outros. O trabalho de João progredia, ele tinha discípulos
e aprendizes com quem dispensava algum
tempo em ensinar. Havia
interesse nas suas palavras e filosofia nos seus ensinamentos.
A sinceridade, seriedade
que ele pregava na Galiléia, logo trouxe sobre ele suspeita e ódio da corte do
Tetrarca Antipas, ou Rei Herodes.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a
respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as
alparcas (as correias das sandálias). João acusou Herodes e repreendeu-o no seu
discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher
de Filipe, rei da Ituréia e Traconites. Esta acusação pública chegou aos
ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação
alguns meses mais tarde.
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