quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ORIGENS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO 2º parte



 

 

 

Segunda parte:

Na Europa e mais especialmente na França, era notória a rejeição ao passado medieval. Buscava-se trazer de volta o passado clássico, anterior ao cristianismo, alicerçado em sabedoria arcana, magia, neoplatonismo, astrologia, alquimia e ao hermetismo generalizado. Era grande, também, a reverência pelas coisas do Egito, que tinha seus mistérios, conhecimentos e secretos os egípcios eram mais adiantados do que qualquer outro povo da Terra.

Nesse caldeirão que embolia a cada novo misticismo, com a chegada dos Stuarts ao território francês, a partir de 1649 começa a se desenvolver o Escocesismo ou Escocismo, conforme nos confirma o Irmão Joaquim Roberto Pinto Cortez:

Essas Lojas teriam sido o núcleo fundador da Maçonaria Escocesa. É evidente que essa Maçonaria, de Escoceses e Irlandeses, era totalmente desvinculada da Maçonaria Inglesa, mesmo porque, segundo consta, em seus encontros, sob sigilo maçônico, tramava-se a restauração dos Stuarts no trono inglês. Essa Maçonaria passou por uma série de transformações posteriores, ganhando um caráter elitista, aderindo a um grande misticismo e simbolismo, derivados do Hermetismo e Ocultismo, divulgando-se por toda a França. . .”

Em 1717 acontece a criação da Grande Loja de Londres, ou seja, a criação da Moderna Maçonaria.

Pouco depois, a partir de 1726, chegavam à França as primeiras lojas maçônicas vindas da Inglaterra e já filiadas a esta Grande Loja. A primeira Loja foi instalada, no dia 1° de junho de 1726, na adega "Au Louis D'Argent", na Rua dos Açougueiros, adega esta que era propriedade de um inglês chamado "Hure".

Passou a existir, então, na França, dois tipos de loja: as “escocesas” fundadas pelos partidários dos Stuarts, e as “inglesas” ou “modernas” filiadas à Grande Loja de Londres.

Em 1728, é fundada a Grande Loja da França.

Seu "Regulamento Geral" foi elaborado dentro dos padrões da Grande Loja de Londres, elegendo como seu primeiro Grão-Mestre, o príncipe Phillip de Wharton que tinha sido Grão-Mestre da Grande Loja de Londres e estava refugiado em Paris, desde 1728.

Apesar de todo domínio exercido, no início, pelos escoceses e ingleses, o fato é que, a partir de 1730/1735, a Maçonaria francesa começou a ter seus próprios estatutos, de forma definitiva, pelos próprios franceses.

Isto está evidenciado em muitas obras e inclusive em um documento muito importante, ou seja, na “Segunda Constituição de Anderson”, editada em Londres, no ano de 1738, onde o autor escreve:

"Todas estas Lojas Estrangeiras (... cita as Lojas no estrangeiro e prossegue ...) estão sob a proteção de nosso Grão-Mestre da Inglaterra; entretanto, a Loja antiga da cidade de Nova York, e as Lojas da Escócia, da Irlanda, da França e da Itália, tendo declarado a sua Independência, tem "os seus próprios Grão-Mestres. . .”

Nenhum comentário:

Postar um comentário