quinta-feira, 28 de março de 2013

Fraternidade Maçônica



  A Declaração Universal dos Direitos do Homem declara: "todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

  Este conceito é a base para que o homem possa conviver em paz com seus semelhantes, visto que estabelece uma relação de igualdade, reconhecendo que em essência não há nada que hierarquicamente os diferencie, todos são irmãos. Confere ao homem dignidade com plenos direitos sociais, políticos e individuais.

  Malapert, orador do Supremo Conselho da França, escreveu na revista La Chaine d´Union, sobre a participação da Maçonaria na revolução Francesa: " Para a prática da vida, procuramos uma formula capaz de reunir todas as condições desejáveis: “Liberté, Egalité, Fraternité” (“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”) é a que melhor corresponde às aspirações dos maçons".

  Durante a Santa inquisição, maçons eram perseguidos e torturados por pregar e praticar a tolerância para com quem tinha ideias diferentes ou professava diversa fé. Mas havia locais onde homens se confraternizavam e trocavam ideias de forma livre e aberta. Podiam até pensar de modo diferente um do outro, ou professar uma religião diferente, ou até mesmo que pertencer a campos de batalha opostos, mas neste local estavam todos protegidos pelo essencial laço de fraternidade que os unia.

  Nestes locais debatiam suas ideias após deixar do lado de fora suas armas e descobriam que todos buscavam os mesmo ideais, um mundo melhor. Sendo assim, mesmo sendo de exércitos diferentes não se denunciavam, sabendo que isto causaria um grande mal a seu irmão, tais como a perda da liberdade, da segurança ou até mesmo a perda da vida.     Estavam literalmente nas mãos um do outro, mas ambos se protegiam, demonstrando a verdadeira Fraternidade Maçônica.

  Sendo assim, até nossos dias há um conceito filosófico profundamente arraigado na Maçonaria: Fraternidade, Liberdade e Igualdade.

  A fim de promover e perpetuar este conceito, quando um novo membro é aceito na ordem por meio da iniciação, exige-se deste que faça o juramento de que tudo fará para defender seu irmão na ocorrência de infortúnios. Este irmão maçom é muito diferente ao irmão de sangue, pois resulta de escolha consciente e racional, baseados em ideais e princípios.

  Levando isto em consideração, para ser iniciado na maçonaria, o profano é avaliado quanto a se tem bons costumes e se acredita em um Ser Supremo Criador do Universo. Também, se é homem livre, não escravo de suas próprias paixões ou de seus preconceitos, sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, capaz de adaptar-se com facilidade ao meio, superar eventuais dificuldades de relacionamento interpessoal a fim manter o bom convívio social e o amor fraterno que predomina entre os irmãos em loja.
  O neófito recebe em sua iniciação um avental branco, seu único ornamento e deve mantê-lo imaculado, limpo em sentido moral e comportamental. Não deve jamais freqüentar a loja e ao mesmo tempo estar odiando um irmão. Isto macula
seu avental e afeta as energias que envolvem a todos. Portanto, caso haja discórdias,
disputas ou mágoas entre irmãos, que os envolvidos deixem seus aventais de lado, resolver primeiro suas diferenças fora do templo, para só depois colocar seus aventais e participar da loja.

  Agindo assim, todos usufruem as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo, que certamente só está onde existem pessoas que se tratam como verdadeiros irmãos espirituais e onde cada um nutre profundo amor fraterno pelo outro.

  Nas lojas Maçônicas pode-se observar um ornamento, muitas vezes encontradas no alto das paredes: A corda de 81 nós. Esotericamente, simboliza a união
fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os maçons e representa a comunhão de ideias e de objetivos da Maçonaria, que devem ser os mesmos nos quatro cantos da terra.

  O livro da lei em Eclesiastes 4:12 diz: “Se alguém prevalecer contra um, dois lhe resistirão: o cordão de três dobras não se arrebenta com facilidade.” Este é o lembrete que todo maçom deve ter constantemente em sua mente: A união fraternal nos torna mais fortes.

quarta-feira, 20 de março de 2013

IDADE DA MAÇONARIA


  Não existe, realmente, uma data que possa ser dada como a data de origem da Francomaçonaria. Entretanto, sem dúvidas, pode ser dito, que ela se desenvolveu, paralelamente, nos países da Europa e nas Ilhas Britânicas durante a Idade Média. A Maçonaria atual, chamada Especulativa, também, sem dúvidas, se desenvolveu nas Ilhas Britânicas (Escócia, Irlanda e,  principalmente, na Inglaterra) e se espalhou para a Europa e restante do Mundo.
        Um dos primeiros registros escritos conhecido hoje em dia, é o Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius escrito em torno de 1390 da nossa era. Muitos dos nossos Símbolos Maçônicos vieram da Maçonaria Operativa dos tempos Medievais.
        Existe a “Carta de Bolonha”, menos conhecido, mais antigo do que o citado acima, datado de 1248. Lá é citado que havia “Sociedades de Mestres Maçons e Carpinteiros” em anos anteriores à data mencionada. Esse documento é conservado até hoje no Arquivo do Estado de Bolonha.
        A Maçonaria Moderna, dita Especulativa, como é hoje conhecida, data da formação da Grande Loja de Londres e Westminster, posteriormente, Grande Loja Unida da Inglaterra, a qual foi originada em Londres em 1717.

       
        Do século precedente a essa data, existem amplas evidencias da existência de Lojas Operativas, e durante os anos que antecederam 1717, essas Lojas Operativas mudaram gradualmente suas características, com a introdução de pessoas que não eram Maçons pela profissão e eram chamados de Não-Operativos ou Especulativos. Eram os Aceitos.
         O Ritual das Lojas Operativas era de característica bastante elementar, consistindo em o Candidato ser obrigado a se sujeitar “ao livro de deveres e obrigações” “the Book”, mantido pelos membros mais antigos (Elders), e concordar com as Obrigações (Charges) lidas para ele. Levou muitos anos até o Ritual ter o conteúdo e a forma que tem hoje e, de acordo com referencias e informações disponíveis, ele assumiu a presente forma em torno de 1825.
        Concluindo, de acordo com escritores sérios, incluindo o pessoal da Loja Quatuor Coronati, parece não haver dúvidas que a Maçonaria se originou na Idade Média (opinião inclusive do Mestre Castellani).
        É temeroso, por falta de provas e evidências concretas, afirmar que a Maçonaria deve origem na época do Rei Salomão, nos Antigos Egípcios, nos Essênios, etc., etc.
 
        Uma drástica distinção deve ser feita entre a Ordem Maçônica, como uma organização, e as Lendas e Tradições, através das quais os ensinamentos da Ordem são ensinados. Para bom entendedor, meia palavra basta. Para os fanáticos, uma Enciclopédia é insuficiente.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Condutas Maçônicas

Condutas Maçônicas que, certamente, contribuem positivamente e protegem a nossa Ordem: 

1) Sirva à Instituição e não à pessoas;

2) Quando for divergir, seja de ideias, propostas e condutas, mantenha-se imparcial e com honestidade, deixando de lado simpatias ou antipatias pessoais;

3) Chame sempre para você a responsabilidade de proteger e defender a Instituição, não esquecendo que os nossos maiores inimigos, infelizmente, vestem Avental;

4) Não se venda por Medalhas, Títulos, Cargos, Alfaias e Elogios;

5) Quando for indicar um Candidato, não seja um Corretor de Avental, que seja pessoa que se amanhã for à “bancarrota” e você tenha necessidade de levá-la para dentro de tua casa, ela não ocasione problemas à tua família;

6) Seja parceiro fiel e leal da verdade e da justiça, assumindo a inteira responsabilidade do que falar, escrever ou fazer;

7) Nunca se esqueça que os exemplos falam mais do que palavras, e que os Aprendizes, Companheiros e Mestres mais novos, precisam de referências;

8) Não seja Maçom oportunista ou inconsequente, pois baixaria, truculência e contestação infundada e mentirosa não são compatíveis com as nossas virtudes e princípios, maculando os Templos Maçônicos;

9) Não olhe para um Irmão como se fosse seu superior hierárquico, porém respeite as autoridades Maçônicas legalmente constituídas, bem como, se for necessário, exija delas, usando os caminhos e meios legais Maçônicos, que desempenhem os seus cargos com dignidade, probidade, humildade e competência, pois não estarão fazendo mais do que sua obrigação;

10) Seja um obreiro útil, humilde, dedicado, competente, de atitude e instruído nos Augustos Mistérios da Arte Real, pois, caso contrário, poderá ser manipulado e inconscientemente prestar serviços para aqueles pseudo Maçons que representam a antimaçonaria.


sexta-feira, 15 de março de 2013

O Visconde do Rio Branco


Em 1819 - Nascimento do Visconde do Rio Branco - O Visconde do Rio Branco é uma das figuras mais conhecidas da História do Brasil, principalmente por sua atuação no movimento abolicionista (coordenou a luta pela aprovação da Lei do Ventre Livre), por seus serviços diplomáticos e como Presidente do Conselho de Ministros do Império (1871 -75). É exposta aqui uma outra faceta sua: a de professor de matemática deve-se apontar que foi um exemplo, talvez o mais importante, de uma situação que existiu no Brasil desde a Proclamação da Independência até início deste século
Político e hábil diplomata monarquista brasileiro nascido em Salvador, BA, presidente do Conselho de Ministros, no reinado de Pedro II, no mais longo e mais importante ministério do regime monárquico (1871-1875). Filho de uma família de rico comerciante e proprietário português que ficou completamente arruinado, por ter apoiado e financiado o exército português quando das lutas decorrentes da Proclamação da Independência, quando ele tinha apenas 3 anos de idade. Aos 16 anos foi para a cidade do Rio de Janeiro, entrou na Academia de Marinha (1835), mas logo se transferiu para a Escola Militar, onde se formaria em engenharia militar (1845). Foi professor de matemática (1840-1844) e tornou-se redator do jornal Novo Tempo (1844). Doutor em Ciências Matemáticas da primeira turma de doutores da E.M. (1846 ), foi professor substituto na Academia da Marinha (1845) e de balística na Escola Militar do RJ (1846-1848). Tornou-se professor catedrático na Escola Militar do Rio de Janeiro, em Artilharia e Fortificações Permanentes (1849-1854), Mecânica Racional e Aplicações e de Cálculo Diferencial e Integral e da Mecânica (1855-1862). Depois foi professor catedrático na Escola Central em Economia Política, Estatística e Direito Administrativo (1863-1875). Paralelamente às suas atividades como professor, desenvolveu uma intensa atividade política, iniciada (1844) quando ainda nem concluíra o curso da Escola Militar, escrevendo artigos políticos nos jornais do Rio de Janeiro. No ano seguinte (1945) elegeu-se deputado estadual e aos 27 anos, chegava a vice-governador do estado. Depois elegeu-se deputado-geral da província do Rio de Janeiro, pelo Partido Liberal. Acompanhou o Marquês do Paraná em missão diplomática no Prata (1851), e ganhou prestígio como diplomata, ao conseguir um acordo fronteiriço com o Uruguai que pôs fim à longa pendência sobre as fronteiras (1853). Assumir a pasta da Marinha (1854) e acumulou também a dos Negócios Estrangeiros (1855), no gabinete do Visconde de Abaeté. Assinou com o Paraguai um tratado que abriu o rio Paraguai à navegação para a província de Mato Grosso (1856), retardando o início da guerra. Aderindo ao Partido Conservador, foi eleito deputado pela província de Sergipe (1861) e senador vitalício (1862) por Mato Grosso. Nomeado conselheiro de estado, assinou (1864) em Buenos Aires e Montevidéu, a declaração de guerra contra o Paraguai. Ministro dos Estrangeiros (1868) no gabinete Itaboraí, foi enviado em nova missão ao rio da Prata e assinou o acordo que firmou a paz com o Paraguai (1870), pelo que recebeu o título de visconde do Rio Branco. Com a queda do gabinete do Marquês de São Vicente, foi designado para compor um gabinete e assumiu a chefia do poder executivo (1871-1875). Na presidência desse gabinete, realizou a reforma judiciária, instituiu a fiança provisória, ampliou o habeas corpus, apresentou e fez aprovar a Lei do Ventre Livre, promoveu o primeiro recenseamento do Brasil, regulou o registro civil, além da inauguração do cabo submarino e melhoramentos urbanos na cidade do Rio de Janeiro. Sua mais importante obra educacional foi criação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1874), na qual foi diretor (1875-1877). Essa escola de engenharia nunca parou de crescer e tornou-se um dos principais centros de engenharia do país. Após várias mudanças de nome, orientação e sede, ela constitui hoje a Escola de Engenharia da UFRJ. Pai do famoso diplomata Barão do Rio Branco (1845-1912), era grão-mestre da maçonaria quando morreu no Rio de Janeiro. Entre suas várias obras sobre temas políticos e diplomáticos, a mais importante foi o Projeto de código criminal militar (1864).

terça-feira, 12 de março de 2013

Informações da Eleição do GOB.


*ATENÇÃO! Nenhuma documentação relativa ao processo eleitoral para as Eleições gerais aos cargos de Grão Mestre Geral e Grão Mestre Geral Adjunto do GRANDE ORIENTE DO BRASIL - GOB deverá ser entregue/encaminhada ao Grande Oriente Estadual ao qual a(s) Loja(s) Maçônica(s) é jurisdicionada. Toda documentação relativa a este procedimento devem ser encaminhada para o Superior Tribunal Eleitoral Maçônico - STEM - GOB, conforme informações acima.
As apurações acontecerão no Pleno do Superior Tribunal Eleitoral Maçônico no Palácio Maçônico/GOB – Brasília, na data de 30/03/2013, com inicio oficial as 10:00hs., com a presença dos Ministros desse Colendo Tribunal, Procurador Geral do GOB, Chefe do Poder Executivo, Ministro Presidente do Poder Judiciário e Presidente do Poder Legislativo, além dos representantes indicados como fiscais pelos Candidatos, e pelos funcionários credenciados pela Secretaria Executiva do STEM, que exercerão as funções de Escrivães, Escrutinadores e Auxiliares.


PORTARIA Nº. 01/2012 - STE
Regulamenta o Registro de Candidaturas aos cargos de
Grão-Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto do
GRANDE ORIENTE DO BRASIL para o quinquênio 2013/2018
e estabelece rotina para a formação da Oficina Eleitoral; do Ato
de Votar; e da Proclamação do Resultado na Eleição a ser
realizada no dia 09 de março de 2013, conforme disposto no art.
70 da Constituição do Grande Oriente do Brasil (CGOB).



VII – DA TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS E DA PROCLAMAÇÃO 
DO RESULTADO
Art. 20 - No dia 30 de março de 2013 – (sábado), a partir das 
10h00, o Superior Tribunal Eleitoral retomará os trabalhos da 
Sessão Extraordinária Permanente em curso (em nível de 
Sessão Pública Maçônica), desde já convocada, para a apuração 
e totalização dos Votos recebidos das Lojas, efetuados pelos 
Ministros da Corte e controlados pelo Presidente do 
Superior Tribunal Eleitoral, em computador próprio, e após o 
término, Proclamará o Resultado e os Irmãos Eleitos. Serão 
abertos apenas os envelopes que chegarem ao Superior Tribunal 
Eleitoral em conformidade com esta Portaria.
§ 1º. – A Apuração será efetuada, pelos Ministros da Corte, 
em até 04 (quatro) turmas de 2 (dois) cada uma, sendo um 
deles o Relator e o outro o Revisor.
§ 2°. - A data limite para recebimento do Expediente Eleitoral 
oriundo das Lojas, inclusive o complemento de Razões de 
Impugnação - observados os prazos estipulados nos §§ 6°., do 
art. 16 e 3°., do art. 18 desta Portaria, é 26 de março de 2013 –
(terça-feira), não sendo considerados os Expedientes Eleitorais 
que chegarem em datas subseqüentes.





sexta-feira, 8 de março de 2013

As viagens do companheiro maçom


Através de símbolos a maçonaria, que é uma escola filosófica, nos conduz a um continuo processo de evolução. Quando iniciamos a construção do nosso templo interior somos submetidos às provas das antigas iniciações: a terra, o ar, a água, e o fogo. Desejando passar de grau e continuar no crescimento pessoal, nos apresentamos à porta do templo, prestes a iniciar as novas viagens.A viagem dos sentidos, os cinco sentidos do homem: Visão, Audição, Olfato, Tato, e Paladar. O vocábulo “Sentido” é derivado do latim ‘sentire’ e se aplica a qualquer uma das aptidões da alma. Através dos sentidos, o corpo humano estabelece um relacionamento perfeito com o mundo exterior, a percepção pelos sentidos “convencionais”, à razão do viver. Contrário ao homem isolado, encarcerado, tendo perdido seus sentidos, aproxima-se muito do ser inanimado o qual passa a ter uma vida vegetativa, quase que a definição da morte. Esta viagem simboliza o período que devemos nos aperfeiçoar na prática de desbastar, utilizando os instrumentos de corte e de polimento. Quando o Apr.’., busca a perfeição, deve lembrar que sozinho não pode terminar a obra, que o eleva A.’.G.’.D.’.G.’. A.’. D.’.U.’. Isto exige um duro e penoso trabalho, não se desviando do traçado que os mestres desenharam.

A viagem da Arquitetura: Objetiva o estudo das cinco ordens da arquitetura:
Dórica que significa União e representa a Inteligência;
Jônica que significa Beleza e representa a Retidão;
Coríntia que significa Grandeza e representa o Valor;
Compósita que significa Força e representa a Prudência;
Toscana que significa Perfeição e representa a Filantropia.

Estas ordens formam a base simbólica da maçonaria, pois além de considerar a arte de construir um princípio operativo, considera um conjunto arquitetônico a formação da personalidade humana, incluindo o seu caráter, seus aspectos moral, intelectual e essencialmente espiritual. A Régua, adotada pela maçonaria simboliza o dia com as suas 24 horas. Filosoficamente, o maçom deve pautar sua vida dentro de uma determinada medida, ou seja, deve programá-la corretamente e não se afastar dela. Nada mais é que o símbolo do qual o apr.’. deve adquirir os elementos práticos da maçonaria, a arte de traçar linhas sobre os materiais desbastados e aplainados.

A viagem das artes liberais, concebidas na época do surgimento do REAA: gramática, retórica, lógica, musica e astronomia. Evidentemente hoje teríamos uma gama bem diferente a considerar, pois a evolução da tecnologia ensejou o surgimento de novas profissões, nem imaginadas na época. Esta viagem simboliza o ano no qual se confia ao Apr.’. a direção, o transporte e a colocação de materiais trabalhados.

Simbolicamente este instrumento representa a força da inteligência subjugada pela vontade do homem. Basta-lhe um ponto de apoio para erguer um peso enorme sob a simples pressão muscular de um braço. Arquimedes dizia: "Dai-me um ponto de apoio que erguerei o mundo". Quando nos deparamos com algum obstáculo a ser removido, aparentemente impossível, o maçom deve buscar esse "ponto de apoio". A solução pode estar bem perto de nós e não visualizamos porque nossa atenção está voltada somente para o grande obstáculo. Não há peso que não possa ser removido. Existindo o problema, ao lado estará à solução, basta encontrá-la. Devemos aprender a usar esse poder que a maçonaria propicia.

A viagem da filosofia, essencialmente dedicada à memória dos grandes filósofos: Solon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras. Utilizada para transformar, desbastar, ou polir devidamente o maçom, tornando-o útil a construção. O ângulo reto nos ensina a retidão de nossas ações. O maçom, em sua linguagem simbólica, diz que pauta a sua vida "dentro do esquadro", querendo dizer que tudo está na dependência da retidão, tanto na horizontalidade como na verticalidade. Ainda, teremos dois caminhos que vão se afastando, se nossa vida for pautada de forma correta encontraremos o caminho da verticalidade espiritual e o da horizontalidade material. Este símbolo deve ser utilizado principalmente na elevação do edifício em direção ao seu todo, verificando a colocação de materiais reunidos para terminar a obra maçônica. Ele ensina que só a aptidão, o zelo e a inteligência demonstrados em vossos trabalhos podem nos elevar acima dos menos instruídos e zelosos.

A viagem da glorificação, do trabalho: significa que, tendo terminado a sua aprendizagem material, em que ele conduziu o instrumento de trabalho, pode almejar alguma coisa além do plano físico do Aprendiz, pronto para a transição do plano físico ao espiritual, ou cósmico. Esta viagem mostra que o Apr.: suficientemente instruído nas práticas manuais deve, durante do último ano, aplicar-se ao estudo teórico. Não basta estar no caminho da Virtude para nela nos conservamos e chegarmos à perfeição. São necessários muitos esforços.

Conclusão: A evolução maçônica depende de muito trabalho e dedicação, e nos anos que ainda teremos pela frente na busca da evolução. Disto dependerá ser a nossa obra terminada e perfeita. As viagens nos mostram que sem o trabalho, seja bruto ou intelectual, e sem o uso adequado dos instrumentos a sua transposição será difícil e talvez até incompleta. Por isso devemos realmente nos dedicar a aprender dia a dia, hora a hora grau a grau.

Fontes: GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO. Ritual de Companheiro Maçom – Rito Escocês Antigo e Aceito. GOSP; CAMINO, Rizzardo da; Simbolismo do segundo grau: Companheiro; 3. Ed. São Paulo: Madras, 2009; SANTOS, Sebastião Dodel dos – Dicionário Ilustrado de Maçonaria.

quarta-feira, 6 de março de 2013

A Maçonaria é discreta ou secreta?


A Maçonaria é uma associação de homens livres, de bons costumes, onde seus membros se dedicam ao aperfeiçoamento moral e social através de estudos filosóficos.

Muitos ainda acreditam que a maçonaria é uma sociedade secreta, mas na verdade trata-se de uma sociedade discreta. Não existe nenhum segredo misterioso que não pode ser revelado de jeito nenhum.

Séculos atrás, a Maçonaria era praticada sob o mais rigoroso sigilo, pois era perseguida pelos poderosos, por homens que escravizavam homens que ousavam defender a liberdade de consciência.

As guerras religiosas estavam no auge e defendia-se a idéia de “quem não é por mim, é contra mim”. Ser maçom, pregar e praticar a tolerância para com quem tinha ideias diferentes ou professava uma diferente fé, era perigoso.

Assim, esconder a condição de ser maçom era uma regra essencial para a segurança de todos, além de ser também um elemento essencial do laço de fraternidade que unia os maçons, pois tornava possível pensar de modo diferente, ou professar uma religião diferente ou até pertencer ao exército inimigo. Sim, ainda que porventura inimigos, ambos eram essencialmente e sobretudo Irmãos. Ambos podiam compartilhar o mesmo espaço, debater respeitosamente as suas ideias e se confraternizar pacificamente. Por fim, descobriam que não eram tão diferentes em seus propósitos ou em seus anseios. Todos buscavam uma sociedade mais justa.

Atualmente, a maçonaria pode ser praticada livremente em quase todas as regiões, dedicando-se o maçom à evolução intelectual e à assistência filantrópica. Por promover o acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem a ocultar, mas conserva sua natureza discreta, com sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus membros, internacionalmente. Portanto, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta.

Em muitos países identificar-se como maçom é considerado um ato desejável.
Na Inglaterra é uma honra ser identificado como maçom. Nos Estados Unidos, é uma forma natural de integração na sociedade local e, para muitos, uma preservação da tradição familiar. No Brasil, apesar de algumas desconfianças, ser maçom é natural e um motivo de orgulho.

Em umas poucas regiões do globo, é perigoso ser maçom. Nestas, é sábio manter total discrição. Ainda outras regiões, como em Portugal, ser maçom não é propriamente perigoso, mas poderá trazer alguns prejuízos profissionais e sociais, devido ao preconceito ainda existente. Mas muitos, e cada vez mais, maçons regulares não só se identificam publicamente como tal, como o fazem com orgulho. Outros optam por manter a discrição. Cabe a cada um a decisão de se assumir publicamente.

Certamente, no dia em que deixar de existir tal preconceito, todos os maçons, de todos os cantos da terra, com alegria, poderão declarar pública e orgulhosamente a sua condição!