terça-feira, 6 de novembro de 2012

O RITO YORK NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE



 * Irmão (Brother)  S. Brent Moris 33° G.C.




Muito se fala sobre a influência da Maçonaria na fundação e na história dos Estados Unidos. Questionam-se quantos maçons assinaram a Declaração da Independência e a Constituição, quantos foram Presidentes, se o Grande Selo e a nota de um dólar contêm elementos maçônicos e se a cidade de Washington foi projetada segundo estes símbolos. Estes fatos entre outros são muito questionados,vamos nos ater aos fatos comprovados.
Sendo a Maçonaria nos Estados Unidos uma das entidades, hoje mais forte de mos que compreender a sua história fora do comum. Importada da Europa – Inglaterra, Escócia, Irlanda, França e Alemanha – tornou-se rapidamente uma das mais importantes organizações coloniais. “Na geração da revolução a capacidade da Maçonaria de encarnar as diferentes demandas culturais do período deu-lhe um enorme poder.” Ela tornou-se uma organização exclusiva durante a revolução e, em seguida começou a expandir sua base de filiação entre a classe média. É irônico que a Maçonaria Simbólica fosse atacada por sua perceptível influência de elite à medida que começou a aumentar os seus quadros.


Entre 1826, e 1830, a Maçonaria estava adormecida na maior parte dos Estados Unidos. Como Pompéia após o Vesúvio, quase tudo relacionado com Maçonaria foi destruído pela erupção da antimaçonaria. Só votando em 1840.
Assim, podemos perfeitamente enquadrar a época inicial da Maçonaria norte-americana entre dois eventos: a abertura da primeira loja, cerca de 1730 e a quase destruição da Maçonaria cerca de 1830. A Maçonaria cresceu e se desenvolveu nos Estados Unidos durante este período, principalmente através da importação de ritos e graus. As inovações que ocorreram foram refinamentos, não fabricação de graus no atacado. Os maçons americanos pareciam bem conscientes de que sua fraternidade era uma criação europeia e olhavam para aquele continente como a fonte e a origem de tudo o que era “regular” em Maçonaria. Há pouca evidência de criatividade ritual americana naquela época.
1730 - OS PRIMÓRDIOS DA MAÇONARIA AMERICANA
Como tantos eventos maçônicos, a primeira aparição da Maçonaria não é precisamente conhecida. Jonathan Belcher (1681-1757), um nativo de Cambridge, Massachusetts e mais tarde Governador das Colônias de Massachusetts e New Hampshire de 1730-41 e da Colônia de Nova Jersey de 1747-57, foi iniciado maçom em Londres por volta de 1704.



 
 JONATHAN BELCHER
Ele é um dos poucos maçons conhecidos que entraram para a Maçonaria antes de 1717.  É possível que ele tenha abrigado Lojas particulares em sua residência antes de tempos imemoriais ou que as lojas estatutárias de tivessem aparecido. Em 05 de junho de 1730, a primeira Grande Loja nomeou Daniel Coxe (1673-1739) Grão-Mestre Provincial para New York, Nova Jersey e Pensilvânia, dando o primeiro reconhecimento oficial maçônico das colônias Inglesas. O Irmão Coxe não parece ter exercido a sua autoridade, embora tenha morado em New Jersey de 1731 a 1739.





 DANIEL COXE
A Grande Loja da Pensilvânia possui um livro marcado “Liber B”, que contém os registros das primeiras lojas americanas conhecidas da Pensilvânia. O primeiro registro é de 24 de junho de 1731, e naquele mês Benjamin Franklin (1705-1790) é lançado como pagando quotizações com atraso de cinco meses. O lançamento de Franklin implica em atividade da Loja a partir de, pelo menos, Dezembro de 1730 ou Janeiro de 1731.









BENJAMIM FRANKLIN

Não há registros de Loja anteriores nos Estados Unidos, embora existam comentários sugestivos em jornais. Assim, estamos seguros ao definir 1730 como a data para o início da Maçonaria norte-americana. Qualquer reunião maçônica que possa ter sido realizada antes de 1730 não foi registrada, e a atividade depois de 1730 aumentou rapidamente e está documentada.
À medida que avançamos a partir de 1730, vemos um aumento da presença maçônica nas colônias inglesas. A primeira loja de Boston foi constituída em 30 de julho de 1733, na casa de Edward Lutwych, uma pousada chamada Bunch of Grapes em King Street. Em 1736, a Loja Solomon n º 1 de Charleston, Carolina do Sul, realizou sua primeira reunião. Até 1738, há indícios de Maçonaria em Savannah, Georgia e New York City, e em 1739 ocorreu uma reunião de loja em Portsmouth, New Hampshire. Grão-Mestres Provinciais adicionais foram nomeados depois de Daniel Coxe, de 1733 até 1787: vinte e dois pelos modernos, seis pelos antigos, e quatro pela Escócia.
A maioria das lojas americanas se originou de uma das Grandes Lojas britânicas – Inglaterra, Escócia e Irlanda, embora outras Grandes Lojas da Alemanha, França e outras também tenham emitido cartas constitutivas. Lojas militares britânicas itinerantes espalharam a Maçonaria por boa parte da América do Norte, à medida que iniciavam civis nas cidades onde estavam estacionados. Também foi importada da Inglaterra a rivalidade entre as Grandes Lojas Antiga e Moderna. Muitos estados tinham Grandes Lojas concorrentes, que com o tempo se fundiram depois da União de 1813 em Londres, apesar de a South Carolina ter visto a unidade maçônica somente em 1817. Maçons Modernos tendiam a serem conservadores na promoção da fraternidade, eram prósperos e legalistas, enquanto que os maçons Antigos eram agressivos na expansão de lojas, eram da classe trabalhadora e revolucionária. Após a Revolução Americana, a Maçonaria dos Estados Unidos era fortemente Antiga em sua organização e prática.

Texto Original: Brother Brent Morris - 33º G.C.F&S

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