Hoje devemos nos lembrar e comemorar o Dia do Fico, que se deu em 9 de janeiro de
1822, quando nosso Príncipe Regente Don Pedro de Alcântara, com o apoio da Maçonaria foi contar as Ordens das Cortez Portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa, e
assim ficando no Brasil.
Este
foi o primeiro passo para nossa independência há 191 anos.
Em todos os fatos importantes que aconteceram na histórica no Brasil os maçons estiveram presentes. E na maioria deles, foram os promotores. Não há como negar que o Fico, A
Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da
República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de
suas lojas.
Apesar de não possuir definição político-partidária ou
religiosa, a maçonaria sempre atuou no campo político-ideológico.
Por seu lema “Igualdade, Liberdade e
Fraternidade”, e lutando sempre para o bem da nação e de seu povo, a maçonaria
nunca ficou ausente, e em suas colunas muitos de nosso IIr.’. se destacaram, e ainda se destacam, para
o bem do povo, fazendo parte dos principais momentos históricos.
As lojas maçônicas surgidas na Colônia, no século XVIII, tiveram
grande importância no movimento de emancipação política. Nelas discutiam-se os
ideais liberais e democráticos e combatia-se o absolutismo. Ao chegar à
América, a Maçonaria adquiriu caráter libertador. Segundo o historiador Caio
Prado Júnior, "o papel da Maçonaria foi articular uma situação própria e
interna de uma colônia”.
No Brasil as ideias liberais e democráticas chegaram trazidas
pelos filhos dos grandes proprietários de escravos e de terras, que ao
retornarem de seus estudos em universidades europeias ingressaram nas lojas
maçônicas. Viajantes, principalmente franceses, de passagem pela Colônia também
foram responsáveis pela propagação das ideias do Iluminismo. Figuras
expressivas da sociedade colonial, como fazendeiros, comerciantes,
funcionários, professores e muitos padres, reuniam-se nas lojas maçônicas
tomando consciência da situação da Colônia e de sua condição de colonos.
Em
1821, quando as Cortes Portuguesas mostraram a ideia de transformar o Brasil de
novo numa Colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro
tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão
enviada para o Príncipe Regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era
seu retorno imediato a Portugal.
A
Maçonaria e o Partido Brasileiro, em resposta, organizaram uma movimentação
para reunir assinaturas a favor da permanência do Príncipe. Assim, eles
pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que,
contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa,
declarou para o público: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da
Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".
Foi
desta decisão que D. Pedro juntos com seu governo e a Maçonaria entrou em conflito
direto com os interesses portugueses, para romper o vínculo que existia entre
Portugal e o Brasil. Este episódio prenunciou a Declaração de Independência do
Brasil que viria a ser proclamada em 7 de setembro de 1822.
“Há
um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere
à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa
pátria”.
Em
torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa
nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida.
Assim
foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e
lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se
em favor da liberdade e condenando as injustiças.